Três Lições que Deveriam ser Ensinadas a Todos os Empresários
06/12/2017 - Autor: Matheus Filipe Poletto Cardoso

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Artigo original em Inglês por Don Watkins e Yaron Brooks

 

Este texto foi originalmente escrito por DON WATKINS em 2013 no Fox News. Pode-se ver o original neste link: http://www.foxnews.com/opinion/2013/02/02/3-crucial-lessons-ayn-rand-can-teach-us-today.html. Entretanto, o assunto é tão certo que deve ser lido por toda e qualquer pessoa que empreende ou quer empreender.

 

O título original do artigo é “3 Crucial Lessons Ayn Rand Can Teach Us Today”, todavia, para melhor entendimento, achamos melhor mudar o título, para ser mais acessível aos leitores brasileiros.

 

Ayn Rand, citada por Watkins foi uma filósofa nascida na Rússia, porém com 29 anos mudou-se aos Estado Unidos onde passou o resto de sua vida, até falecer em Nova York em 1982. Ela criou uma corrente filosófica denominada “objetivismo” e é considerada a “musa do liberalismo”. Sem mais delongas, passamos ao texto de Watkins, traduzido por nós.

 

Hoje é o aniversário de Ayn Rand, autora do clássico livro “A Revolta de Atlas”, uma das histórias mais celebradas da vertente capitalista. Aqui há três das mais cruciais lições que Rand oferece a nós que queremos lutar por uma américa mais justa e mais próspera (Apesar do autor obviamente, por ser americano, falar de América, o tema é extremamente aplicável ao Brasil de hoje).

 

1.      Celebre os seus Negócios

 

Hoje em dia os empresários ou negócios são o bode expiatório de todo e qualquer mal na sociedade. Não importa qual for o problema ou a crise, empresários “gananciosos” levam a culpa e a solução (do governo ou militantes) é sempre impor mais controle à atividade empresarial, mais regulações, mais taxas, impostos, etc.. Quando ocorreu a crise financeira de 2008 (nos EUA), por exemplo, os líderes republicanos imediatamente colocaram a culpa nos “gananciosos banqueiros” (importante informar que, diferente do Brasil, os EUA possuem uma concorrência bancária de verdade, aqui temos cinco bancos com 95% das transações financeiras, formando, obviamente, um cartel chancelado pelo governo), e não a política governamental. O Presidente Obama intensificou este entendimento.

 

De acordo com Ayn Rand, essa é uma das piores injustiças da história, ou seja, culpar os empresários pelo mal da sociedade. Os empresários são aqueles que criam a medicina, os produtos que preservam a comida por mais tempo, os sistemas sanitários, sistemas de irrigação, e milhões de outras inovações e dispositivos que economizam tempo e trabalho, que, inclusive, quase triplicaram nossa expectativa de vida e nos deram uma qualidade de vida que nossos tataravós jamais poderiam conceber.

 

Como ela explicou em 1961, os empresários são os grandes libertadores que, no curto lapso temporal de um século e meio, libertaram os homens da escravidão das suas necessidades físicas, que os libertaram, também, da terrível jornada de trabalho de 18 horas por dia de trabalho manual que era necessário para a sua mais básica subsistência, os libertaram da fome, das pestes, da estagnadora falta de esperança e do terror no qual a maior parte da humanidade viveu em todos os séculos pré-capitalistas.

 

Se nós queremos limitar o poder do Estado, Rand avisa, isso é algo que nós precisamos celebrar. Atacar os negócios, infringindo mais taxas e regulamentações, é atacar os valores fundamentais que fazem a “américa grande”.

 

2.      Não Peça Perdão por ter Obtido Lucro

 

Ainda, atacar os negócios é atacar o motivo que dirige o empresário: o desejo de lucro. A obtenção de lucro, que nós constantemente falamos, conduz os militantes de esquerda a mentirem e dizerem que os empresários fariam de tudo para conseguir um dólar, inclusive mentira, trapacear, etc.

 

Basta lembrar-se de crítica de Mitt Romney[1]. Mesmo os republicanos que o desafiavam o criticaram, não por ele ter aprovado o “Romneycare[2]”, mas justamente por ser um empresário que buscava lucros. Todavia, se a busca do lucro é “perigosa e imoral”, como nós podemos tolerar o sistema de lucro?

 

Ayn Rand faz a definição. O lucro, ela diz, é o emblema da produção: você tem lucro quando produz algo de valor, algo que faz os outros quererem comprar porque vai tornar a vida mais fácil, melhor, mais longa e aproveitável.

 

O Capitalismo está lotado, não por Al Capones ou Bernie Madoffs (podemos substituir por Marcelos Odebrechts ou Joesleys Batistas, no Brasil) que procuram ganhar dinheiro “por bem ou por mal”. Está cheio, agora sim, de indivíduos que fazem dinheiro criando riqueza. Isso é a verdadeira essência do lucro: é o desejo de ganhar recompensas através da produção de realizações.

 

Isto, segundo Rand, é o tipo de atitude em relação ao trabalho de alguém que faz o mercado prosperar com riqueza, gerando valor para toda a sociedade. O livre mercado expulsa os negócios míopes, os improdutivos e os charlatões que não produzem valor – e um governo capitalista destrói predadores tais como Marcelo Odebrecht quando eles tentam fraudar outros.

 

O Capitalismo é bom, segundo Rand, porque protege a habilidade do homem de fazer o que bem entender e o melhor com a sua própria vida – e a intervenção estatal, que tira dos homens sua riqueza e sua sagrada liberdade, é moralmente errado.

 

3.      Fuja de Todos que Gritam “O Público é Bom”

 

Hoje o Estado cresce às expensas dos cidadãos: às expensas de seus Direitos, de sua liberdade, de sua riqueza. Os defensores de que o Estado deve ser grande sempre justificam-se apelando para o “bem-comum”. Como devem os empresários e defensores do capitalismo responder? Não enfrentando a noção de “Bem comum”. Ao invés, devemos aceitar esta noção e tentar persuadir as pessoas que apenas o capitalismo pode fazer-nos alcança-lo (o bem comum).

 

Todavia, a justificativa para o Capitalismo, Rand diz, não é o que querem dizer os slogans: “o bem comum” ou “o interesse público” ou “estado de bem estar social”. Todos estes slogan são perigosamente vagos: eles podem significar qualquer coisa, então eles podem ser usados para justificar qualquer coisa. A justificativa do Capitalismo é que este é o único sistema baseado na inalienabilidade dos direitos dos indivíduos de possuírem a própria vida, liberdade e felicidade.

 

A sociedade, conforme Rand, não é uma entidade, mas sim uma coletividade de indivíduos soberanos, e o valor essencial da política deve estar na liberdade comum.

 

Liberdade, por sua vez, diz Rand, significa que os indivíduos podem exercer seus direitos livre de coerção ou compulsão. Eles podem trabalhar para criar uma vida de sucesso para si mesmos, atuando dentro de seus próprios e independentes julgamentos, fruindo do produto de seu trabalho e negociando, com outros, através de trocas voluntárias para vantagem mútua. O papel do Estado é apenas proteger a liberdade do indivíduo impedindo que qualquer um infrinja contra ele qualquer tipo de coação física. O sistema econômico emerge quando o Estado é mínimo e os direitos individuais são assegurados. Isto é o capitalismo.

 

Se você quiser inibir o crescimento do Estado, você precisa se livrar de qualquer resquício da ideia de que o indivíduo existe para servir a algum propósito ou objetivo social. O Capitalismo é o sistema enraizado na convicção de que cada indivíduo é um fim em si mesmo e possui o direito de existir por sua própria causa.

 

4.      A fórmula de Ayn Rand: como obter a superioridade moral

 

Se você quisesse resumir o que faz Ayn Rand ser tão bem sucedida em suas ideias e no que ela pode nos ensinar hoje, diz respeito ao ensinamento de que o livre mercado deve estar intrinsecamente atrelado à superioridade moral.

 

Nós “devemos lutar pelo Capitalismo”, diz Rand, “não como um problema prático, não como um problema econômico, mas, como o mais valioso prêmio, como um problema moral. Isto é o que o Capitalismo merece, e nada menos irá salvá-lo”.

 

Mas, você pergunta, como um sistema dirigido pelo interesse próprio e pela perseguição de lucro pessoal pode ser moral? Esta é a questão que Rand responde em seu livro, e a questão que nós (Don Watkins e Yaron Brook, autores do artigo original em inglês) respondemos em nosso livro: Free Market Revolution: How Ayn Rand`s Ideas Can End Big Government.

 

Nós podemos limitar, hoje, o Estado ilimitado. Mas, para fazer isso, nós precisaremos conceber uma defesa moral implacável da liberdade. O primeiro passo é armar-nos a nós mesmos com o estoque insuperável de munição intelectual de Ayn Rand, e, então, gritar por nossa liberdade.

 

Don Watkins e Yaron Brooks são os autores do best-seller Free Market Revolution: How Ayn Rand`s Ideas Can End Big Government, e companheiro e diretor executive, respectivamente, do Ayn Rand Institute.

 


[1] Adversário de Barak Obama nas eleições presidenciais de 2012.

[2] Proposta política de direita feita por Romney em contraposição ao “Obamacare”.

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